quinta-feira, 3 de outubro de 2013

MORTE - FALAR OU NÃO SOBRE ELA???

As muitas mortes...

ESTRANGULAMENTO
No enforcamento, a carótida e a jugular são esmagadas, o que faz com que o fluxo de sangue no cérebro pare. Ao mesmo tempo, a pressão na região pode também afetar o ritmo dos batimentos cardíacos. Ou seja, o estrangulamento para o funcionamento dos dois órgãos mais importantes para a vida: cérebro e coração.

FALÊNCIA MÚLTIPLA DE ÓRGÃOS
Uma das principais causas da falência múltipla de órgãos é o choque séptico. Acontece assim: uma infecção que o sistema imunológico não consegue deter causa a dilatação dos vasos sanguíneos. Com os vasos largos, a pressão cai, o coração não se enche mais adequadamente, bate fora do ritmo e os órgãos vitais ficam sem sangue. E adeus mundo cruel.

CÂNCER
Os tipos mais comuns de câncer (pulmão, mama, colo-retal e estômago, segundo a OMS) matam do mesmo jeito: pela metástase. As células doentes se multiplicam descontroladamente e podem pegar carona no sangue ou no sistema linfático até chegar a outras áreas do corpo, como pulmões, ossos e cérebro. Sufocadas pelas doentes, as células saudáveis deixam de funcionar.

AFOGAMENTO
Uma pessoa não consegue ficar com o pulmão vazio por muito tempo, porque ele tenta se encher involuntariamente. Aí a água inalada obstrui a faringe, chega aos alvéolos pulmonares - e falta oxigênio.

CARBONIZAÇÃO
É a falta de oxigênio que faz com que uma pessoa morra em um incêndio. Apesar de o fogo queimar os tecidos do corpo - o que também acabaria levando à morte -, a asfixia mata antes.

ENVENENAMENTO
Cada veneno age de uma maneira. A morte por cianeto, preferido dos autores de romances policiais, acontece por causa de ligações químicas do veneno com o ferro do sangue, que é essencial para a respiração celular. É o ferro, afinal, que carrega o oxigênio. Sem ele, as células morrem.

ACIDENTE
Os acidentes matam pela perda de sangue. Se as feridas forem graves, vai faltar irrigação nos órgãos principais. O coração pode parar de bater porque não consegue se encher mais. "Se a situação não for contornada, a pessoa perderá a consciência por falta de oxigenação no cérebro".

O começo do fim
Antes de virar pó, nosso corpo vira um monte de outra coisa

0 minuto
Ao contrário do que diz o clichê, ninguém "cai duro no chão" ao morrer. Como o sistema nervoso não libera mais os neurotransmissores que contraem os músculos, o cadáver fica totalmente flácido.

5 minutos
O corpo deixa de responder a estímulos externos. Não há mais respiração nem batimentos cardíacos.

1 hora
É hora do sangue parar. Primeiro, coagula o conteúdo das veias, por onde o sangue corria mais lentamente. O líquido das artérias segue a gravidade e fica perto do chão, onde a pele fica azulada.

2 horas
Sem circulação não há metabolismo. Sem metabolismo, não há calor. O corpo, que estava a 36,5°C, começa a se resfriar, 1°C por hora até entrar em equilíbrio com o ambiente.

3 horas
O corpo fica rígido quando as reservas de ATP dos músculos acabam. Quanto mais musculosa for a pessoa, mais reservas de energia ela terá, e mais vai demorar para endurecer. A primeira parte do corpo que enrijece é o rosto, que tem músculos menores. Depois, endurecem os ombros, braços e tórax.

De 5 a 8 horas
Sem oxigênio, as células das paredes dos vasos necrosam e ficam frágeis, principalmente nos capilares dos dedos, que são mais finos. Acontece a hipóstase: o sangue sai dos vasos e impregna os tecidos vizinhos.

8 horas
O corpo continua a enrijecer. Os músculos das pernas finalmente se contraem. Por causa disso, os dedos do cadáver podem estar levemente fechados e os joelhos, um pouco dobrados.

12 horas
O corpo é como uma toalha molhada no varal. Depois de um tempo, a água evapora e os tecidos se retraem. Os olhos ficam fundos, os lábios escuros, e pelos e unhas parecem crescer - mas é a pele que se retraiu.

24 horas
Um adulto de 75 quilos pode perder até 1,3 quilo de sua massa nas primeiras 24 horas, graças à evaporação de água (nada dos famosos 23 g que a ficção diz ser o peso da alma). Se o cadáver estiver no calor, ao ar livre, pode ficar seco, como carcaças de animais no deserto.

2 dias
As bactérias continuam a liberar gases, o que faz com que o corpo inche. O cheiro piora por causa da decomposição das proteínas do corpo, e um líquido avermelhado, resultado do rompimento dos alvéolos pulmonares, pode sair pela boca e narinas.

3 dias
O corpo, que até então estava rígido, volta à flacidez. Isso porque os tecidos musculares já estão se decompondo. A ordem é a mesma do endurecimento: primeiro a cabeça, depois braços e tronco e, por fim, as pernas.

Mais de 7 dias
Se o corpo estiver em um ambiente com muita umidade e temperatura alta, a gordura do corpo em decomposição reage com sais do solo (como o potássio) e o cadáver fica macio e escorregadio, como um sabão. Em seguida, o corpo começa a desaparecer até sobrarem só os ossos.


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