quinta-feira, 10 de outubro de 2013

CRIANÇAS - LIDANDO COM O MEDO E A SOLIDÃO

LIDANDO COM O DESCONHECIDO, COM O MEDO E A SOLIDÃO - COMO AJUDAR NOSSAS CRIANÇAS



O escuro, para a criança, costuma representar a solidão e o desconhecido. O medo costuma aparecer quando ela está em uma fase do desenvolvimento no qual se torna mais autônoma em relação os pais – ou seja, experimenta a solidão e o desconhecido.

– Esse medo de escuro, que se apresenta principalmente na hora de apagar a luz e dormir, é um desdobramento da etapa de separação em relação aos pais. Relaciona-se com a criança descobrindo o mundo fora dela.

No momento em que a criança tem de dar conta sozinha da realidade, é comum que ela transite entre crescer e continuar bebê. É essa oscilação que está relacionada à situação de acordar à noite queixando-se de medo de escuro e correr para dormir no quarto dos pais.

– Medo de escuro é não conseguir dar conta da solidão. Alguns não conseguem e fazem o caminho de volta para a cama dos pais.

Nessas situações, o pai ou a mãe vai com o filho para o quarto dele e diga que vai permanecer ali até que ele durma.

– Com isso, o pai está trabalhando regras e limites e mostrando que a criança pode dar conta do recado. Passa a ela a mensagem de que não está segura só na companhia dos pais.

Diante da escuridão
- O medo de escuro pode surgir em diferentes momentos da vida da criança. Em geral, é superado por volta dos quatro anos.
- Trata-se de um medo relacionado ao momento em que a criança está se separando dos pais e explorando o desconhecido. A criança relaciona o escuro à solidão e à perda dos referenciais externos, que são o pai e a mãe
- Com frequência, a criança começa a dormir de luz acesa, desde o nascimento, por ansiedade dos pais. O mais adequado seria acostumar o filho com a escuridão quando ele ainda é um bebê. Desde o início, ele deve ter seu lugar e sua cama e dormir na penumbra. Se dorme com os pais, de luz acesa, a adaptação pode se tornar complicada mais tarde
- Uma saída para tranquilizar a criança pode ser algum objeto companheiro, como um urso de pelúcia com o qual ela durma para se tranquilizar

Os medos por faixa etária
Confira alguns dos temores mais comuns ao longo do desenvolvimento infantil:
0 a 18 meses
Barulhos estranhos ou altos, luzes intensas, pessoas estranhas e risco de quedas. O bebê chora ou fica irritadiço e agitado.
18 a 36 meses
Água, pessoas mascaradas (como Papai Noel), escola e tudo o que for estranho à rotina. A zona de conforto do bebê está ligada à ordem, à rotina e à repetição.
Três a cinco anos
Fantasias assustadoras, como monstros e fantasmas. É a fase da imaginação fértil, que pode se intensificar na hora de dormir.
A partir dos seis anos
Medos mais vinculados à realidade, como o de ladrões e o de acidentes em geral.

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