terça-feira, 17 de setembro de 2013

ALGUMAS OUTRAS INFORMAÇÕES SOBRE AUTISMO -

VAMOS FALAR DA IDADE INFANTIL, ADOLESCÊNCIA E DA IDADE ADULTA - 

A noção de um espectro de perturbações autísticas é importante para a educação e cuidados das crianças com autismo ou outras perturbações globais do desenvolvimento.
A criança autista vive num mundo à parte, geralmente são incapazes de estabelecer relações pessoais normais, contudo, podem revelar uma ligação muito forte com os objetos.
Revelam ainda alterações ao nível da linguagem – padrões de fala inelegíveis e outras nem sequer falam, apresentam ainda dificuldades nas relações interpessoais; manifestam rituais – comportamentos estereotipados e repetitivos.
Podem ainda apresentar características como: inibição motora, mutismo, dificuldade em suportar mudanças de ambiente, recusa em procurar ou aceitar carinhos, gosto pela imitação de sons ou de movimentos, dificuldade em estabelecer amizades, entre outras…
O autismo é uma doença com um desenvolvimento gradual, assim: em bebês, os autistas não demonstram grande interesse pelo contato, não sorriem, não olham para os pais, podem apresentar problemas ao nível da alimentação, do choro e do sono.
O bebê com autismo apresenta determinadas características diferentes dos outros bebês da sua idade. Pode mostrar indiferença pelas pessoas e pelo ambiente, podendo ter medo de objetos.
Quando começa a gatinhar pode fazer movimentos repetitivos (bater palmas, rodar objetos, mover a cabeça de um lado para o outro). Ao brincar, não utiliza o jogo social nem o jogo de faz de conta. Ou seja, não interage com os outros, pode não dar resposta aos desafios ou às brincadeiras que lhe fazem. Não utiliza os brinquedos na sua função própria.
Aos 12 meses poderão demonstrar um interesse obsessivo por determinados objetos, revelam comportamentos estereotipados e repetitivos e até atrasos ao nível da locomoção.
Geralmente só a partir dos 24 meses é que se podem constatar dificuldades de comunicação – verbal e não verbal.
Depois dos 2 anos de idade a criança autista tem tendência a isolar-se, a utilizar padrões repetitivos de linguagem, a inverter os componentes das frases, a não brincar normalmente, etc…
Dos 2 aos 5 anos de idade o comportamento autista tende a tornar-se mais óbvio. A criança não fala ou ao falar, utiliza a ecolália ou inverte os pronomes.
Há crianças que falam corretamente mas não utilizam a linguagem na sua função comunicativa, continuando a mostrar problemas na interação social e nos interesses.
Regra geral, dos seis anos de idade até à adolescência os sintomas mais perturbadores podem diminuir, contudo o problema não desaparece totalmente.
Os adolescentes juntam às características do autismo os problemas da adolescência. Podem melhorar as relações sociais e o comportamento ou, pelo contrário, podem voltar a fazer birras, mostrar auto-agressividade ou agressividade para com as outras pessoas.
Os adultos com autismo tendem a ficar mais estáveis se são mais competentes. Pelo contrário, os menos competentes, com QI baixo, continuam a mostrar características de autismo e não conseguem viver com independência.
No estado adulto, o autista não se consegue integrar na vida normal achando que o mundo é uma ameaça para si – fechando-se no seu mundo, pois sente maior segurança. Por vezes, neste período, o autista pode regredir e até voltar a manifestar comportamentos infantis.
As pessoas idosas com autismo têm os problemas de saúde das pessoas idosas acrescidos das dificuldades de os comunicarem. Os problemas de comportamento podem por isso sofrer um agravamento. Além disso, perdem muitas vezes o gosto pelo exercício físico e têm menor motivação para praticar esportes, o que não contribui para melhorar a sua qualidade de vida. Por outro lado, o seu comportamento pode tender a estabilizar-se com a idade.
O tratamento para o autismo não existe, centra-se apenas em tentar desenvolver na criança/jovem aptidões e competências ao nível da linguagem e ao nível social. Podem contudo, utilizar-se psicofármacos em situações de agressividade, autodestruição ou convulsões.



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