terça-feira, 19 de novembro de 2013

BUSCANDO O MELHOR PARA AS NOSSAS CRIANÇAS ESPECIAIS

COMPREENDENDO AS NECESSIDADES ESPECIAIS - 
Criar uma criança com necessidades especiais traz desafios únicos para os pais. Mas há muitos recursos por aí que podem dar assistência e muito conhecimento disponível sobre como estimular o desenvolvimento, o que significa que uma criança deficiente agora pode progredir mais do que podia há uma década. E, como com qualquer criança, é possível compartilhar com os outros as alegrias das novas conquistas!
Estimulando o desenvolvimento de uma criança com necessidades especiais
Não há duas crianças com necessidades especiais iguais, nem as que têm necessidades especiais semelhantes.

Vamos tentar aqui e agora explorar as necessidades especiais variadas e saber como estimular uma criança com necessidades especiai e tentar ajudá-la ao máximo no processo de seu desenvolvimento.

O papel dos pais:

Dar amor e apoio -  as criança com necessidades especiais precisam de amor e apoio de seus pais, assim como qualquer criança. Algumas vezes, os pais ficam tão absorvidos pela necessidade de estimular seu filho e compensar sua deficiência que acabam esquecendo que a tarefa mais importante é amá-lo e gostar dele como ser humano. Quando uma criança vê que seus pais gostam de estar com ela, ela aumenta o valor que dá a si própria. Esse sentimento crescente de valor é uma medida importante do sucesso dos pais em criar uma criança com necessidade especial.

Estimule a independência - se você tem uma criança com necessidades especiais, seus objetivos são estimular a independência e ajudar seu filho a desenvolver um sentimento de valor e realização pessoal. Com terapia e jogos, você ajuda o seu filho a lidar com seu problema e realizar seu potencial completo. A quantidade de independência de seu filho vai depender, bastante, não apenas de qual necessidade especial ele possui, mas como você o deixa realizar sozinho cada estágio.

Todas as crianças passam por momentos em que parecem parar de melhorar ou quando podem até regredir um pouco. Esse pode ser um momento especialmente difícil para os pais, pois têm que aprender a avaliar o progresso de seu filho.

Concentre-se em objetivos a curto prazo - quando seu filho atingir um platô (estagnar seu desenvolvimento), olhe para trás e se concentre no quanto ele já progrediu. Este também pode ser um bom momento para esquecer objetivos a longo prazo e se concentrar nos objetivos a curto prazo: alimentar-se com as mãos, vestir-se, repetir a primeira palavra ou frase inteligível ou finalmente ir ao banheiro sozinho. Quando os pais concentram suas energias em um único objetivo a curto prazo, uma criança com necessidade especial pode começar a progredir novamente. Ao parar de observar como a criança lida com esses desafios, como se adapta a novas e maiores necessidades, os pais podem se ajudar a desenvolver expectativas realistas para seus filhos.

As crianças progridem mais quando os pais agem como seus advogados, escolhendo os métodos educacionais mais apropriados, definindo objetivos razoáveis e fornecendo um ambiente caloroso e protetor. Os pais deveriam enxergar a si próprios como parceiros dos profissionais na hora de planejar os cuidados de seus filhos com necessidades espaciais.

Estimulando o potencial de desenvolvimento:

A partir do momento em que nascem, as crianças começam a aprender sobre o mundo ao seu redor. Elas aprendem através de seus movimentos e dos cinco sentidos. Quando um ou mais desses sentidos são danificados, a maneira como a criança vê o mundo é alterada e sua habilidade de aprender se altera. Mas com os avanços na medicina, tecnologia e nossa compreensão sobre como os bebês crescem e aprendem, podemos esperar desenvolvimento mental e físico muito maior de crianças com com necessidades especiais do que imaginávamos há uma década. O tamanho desse desenvolvimento depende da extensão da sua limitação, quão breve ela foi diagnosticada corretamente e o quão rapidamente a criança é colocada em um ambiente de estímulos apropriados. Crianças com limitações mentais, por exemplo, precisam de estímulos freqüentes e consistentes devido às suas dificuldades de concentração e memória. Elas também podem ter dificuldades de percepção que tornam difícil compreender o que está acontecendo ao redor e o motivo dessas coisas.

Concentre-se no sentido debilitado - em muitos casos, as habilidades da criança podem ser melhoradas ao estimular o sentido deficiente. Crianças com distrofia muscular, síndrome de Down e paralisia cerebral costumam se beneficiar de um programa de fisioterapia que exercite seus músculos. Exercitar as pernas e pés da criança com casos graves de espinha bífida os preparam para andar com aparelhos e muletas. Já as crianças surdas podem aprender a usar sua audição residual com a ajuda de equipamentos auditivos e treinamento auditivo que aumenta e expande sua habilidade de ouvir. As crianças cegas podem afiar seus outros sentidos para ajudar a compensar sua falta de visão, enquanto aprendem sobre o mundo. E, por último, as crianças com síndrome de Down e paralisia cerebral também podem se beneficiar de terapias visuais, auditivas e ocupacionais.

Trabalhe com um fisioterapeuta - (ou terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, psicólogo) programas de estímulo preparados para crianças desde o nascimento até os três anos demonstraram que mesmo crianças com necessidades especiais graves podem aprender, crescer e participar do mundo que as cerca. Os pais podem guiar muitos dos exercícios desses programas sozinhos, mas quase sempre se beneficiam da supervisão de um terapeuta especializado. O seu posto de saúde, escola pública ou secretaria da saúde locais podem ter um programa de estímulo infantil adequado ou podem lhe recomendar um terapeuta especializado que pode visitar sua casa regularmente para ajudar seu filho e ensinar exercícios e jogos adequados para você. Hospitais universitários e organizações privadas que auxiliam crianças com necessidades especiais também são boas fontes de informação.

Use brincadeiras para explorar - brincadeiras são uma importante forma de aprendizado para todas as crianças. As crianças com necessidades especiais que não podem se movimentar para explorar sozinhas ainda têm a possibilidade de aprender sobre os arredores ao viajar com a família. Dentro de casa, ela pode ser carregada ou guiada de um cômodo a outro para tocar, sentir, ver, cheirar ou ouvir vários objetos. Crianças cegas podem usar suas mãos, rostos, pés e outras partes de seus corpos para explorar e aprender. E as surdas precisam de estímulos de linguagem constantes e, como todas as crianças, precisam ouvir explicações sobre o que está acontecendo ao seu redor. Figuras em livros e revistas são outra forma de expor essas crianças a lugares, pessoas, animais e formas de vida fora de seu círculo comum.

Brinquedos dão outro meio de compreender nossos corpos e o mundo. Crianças com necessidades especiais podem ter problemas para usar brinquedos convencionais, mas os pais podem adaptá-los às necessidades deles ou criar brinquedos apropriados. Muitas comunidades possuem brinquedotecas que funcionam como recurso para fornecer brinquedos projetados ou selecionados especialmente para crianças com necessidades especiais.

No entanto, não importa o quanto um pai ou uma mãe tente dar a seu filho, sempre há limites para o que eles podem conseguir sozinhos.

Programas especiais para uma criança com necessidades especiais
Mais cedo ou mais tarde, uma criança com necessidades especiais vai participar de um programa específico para ela, como um acampamento ou creche. Aqui vão algumas dicas para escolher um programa especial.

Escolhendo um programa especial:

Muitas deficiências possuem associações de âmbito nacional, que fornecem informações e recomendam programas ou recursos. Muitas dessas associações possuem sedes locais e grupos de apoio aos pais.

Se for sortudo o bastante para ter um leque de programas para escolher, como vai escolher o melhor para o seu filho? Baseie suas decisões no quanto você confia nos profissionais dos programas disponíveis e nas terapias que eles apresentam. Algumas terapias são menos conhecidas e não disponíveis em tantos lugares como outras. Freqüentemente, os educadores discordam quanto à seqüência de aprendizagem, alguns educadores de surdez, por exemplo, acreditam que o correto é apresentar a linguagem dos sinais à criança quase que imediatamente, enquanto outros acreditam que as crianças devem ter somente treinamento auditivo-oral antes de aprender quaisquer tipos de sinais. E pelo fato de as opiniões e métodos dos profissionais serem diferentes, pesquise vários programas antes de se comprometer (e o seu filho) com algum específico. Se considerar um programa particular com terapeutas, lembre-se de que o custo do programa nem sempre é um indicador de sua qualidade ou de que ele é o mais apropriado.

Embora os fatores custo e conveniência certamente influenciem sua decisão, os pais também deveriam considerar outros:
Por quanto tempo o programa será o melhor para seu filho?

Você está falando de um novo programa que usa técnicas experimentais ou de um programa já estabelecido que usa terapias amplamente aceitas?

Qual o nível da educação dos terapeutas que irão trabalhar com o seu filho?

Quem supervisiona o trabalho dos terapeutas?

O que o terapeuta espera de você?

Ele parece disposto a compartilhar a experiência dele com você?

O terapeuta quer que você entenda seus métodos?

O terapeuta parece capaz de estabelecer um bom entendimento com o seu filho?

Caso seja um programa novo, ele tem recursos garantidos ou tem que levantar esses recursos todos os anos?

Quantas crianças o programa ajuda no momento e como é a relação entre os funcionários e alunos?

As crianças com necessidades especiais múltiplas estão juntas em salas de aula com crianças que têm somente uma ou duas claramente definidas?
Expectativas dos profissionais - talvez o fator mais importante ao escolher um desses programas sejam as expectativas dos profissionais envolvidos. Cada criança é diferente e traz ao programa sua própria determinação para conseguir atingir o resultado. Os pais podem ver pontos fortes e reconhecer progressos que os profissionais não percebem. Se as expectativas dos profissionais forem muito baixas, seu filho pode não progredir tão rapidamente quanto você acha que seria o correto. E se as expectativas deles forem muito grandes, o seu filho pode se sentir frustrado.

Seu relacionamento com os profissionais:

A maioria dos profissionais recebe bem e encoraja o envolvimento ativo dos pais em decisões que afetam a criança. Embora seja seguro presumir que a maioria dos profissionais que lida com crianças com necessidades especiais quer vê-las bem cuidadas, eles podem trazer consigo certos preconceitos que não ajudam a todas as crianças. Se você tem as suas próprias opiniões, expresse-as. O ideal é que você fale abertamente com os profissionais a respeito de suas preocupações e dúvidas. Se o terapeuta estiver muito ocupado ou apresentar resistência a essas discussões, ou se achar que essas reuniões são improdutivas e insatisfatórias, reflita sobre a possibilidade de encontrar um novo programa ou terapeuta. Embora seja do interesse da criança ter um tratamento a longo prazo, é melhor mudar de programa se acredita que seu filho não está recebendo o que deveria.
Educação para uma criança com necessidades especiais
Conforme as crianças vão ficando mais velhas, os pais podem considerar a hipótese de mandá-las para a pré-escola ou maternal. Você deve enviar o seu filho para uma escola especial onde estará com outras crianças na mesma condição e na qual os professores são treinados para lidar com se problema específico? Algumas vezes, não há escolas especiais ou elas ficam muito longe, o que obriga seu filho a fazer uma viagem longa para a escola todos os dias ou morar nela.

Colocando seu filho em escolas comuns - mesmo quando há escolas especiais por perto, uma opção é mandar seu filho para um maternal comum. Muitos especialistas acreditam que crianças jovens com deficiências leves a moderadas ficam melhores quando são mantidas em um ambiente normal o máximo período de tempo possível. Essas crianças costumam aceitar melhor as diferenças do que crianças mais velhas ou adultos, o que vai fazer com que uma criança com necessidades especiais não se sinta diferente ou isolada em um maternal comum. Muitos maternais têm boa vontade e capacidade para aceitar crianças com problemas leves a moderadas. Há até mesmo aqueles que aceitam crianças com necessidades especiais graves.

Certas filosofias de educação são mais dispostas a integrar essas crianças. Se não puder encontrar uma dessas escolas em sua região, procure uma escola do método Montessori ou de outro método não tradicional para a educação maternal.

Se estiver pensando em colocar seu filho em uma escola comum com pouca ou nenhuma experiência nessa área,  observe e fale com o diretor e com os professores que cuidarão dele. Seja honesto a respeito de suas necessidades. Pergunte sobre as atitudes da escola com relação a essa questão e com relação ao problema específico do seu filho. Como os professores costumam lidar com problemas de indisciplina e ironias? Como eles agem quando outras crianças fazem perguntas sobre o seu filho? Você sente que as expectativas dos professores são razoáveis e consistentes com as suas para crianças em geral e para o seu filho em particular?

Se decidir mesmo colocar seu filho em uma escola comum, prepare-se para servir como fonte de informações para a escola. Você pode decidir visitar a sala de aula e conversar com as crianças sobre como funciona um aparelho de surdez, o motivo de seu filho usar aparelhos ou a razão de sua aparência ou o motivo de sua fala. Prepare-se para frustrações, especialmente no começo, enquanto os pais e outros alunos se esforçam para entender seu filho e como se relacionar com ele. Planeje-se para observar a rotina da escola com freqüência. Se a sua presença perturba a rotina do seu filho, peça a amigos para fazer essa observação. Ao observar, não se concentre somente no seu filho. Os pais de crianças com necessidades especiais costumam ter surpresas (agradáveis) quando observam o quanto as outras crianças são parecidas com seu filho.

Seus direitos:

Há muitas entidades e órgãos que dão respaldo a crianças com necessidades especiais dos 3 aos 21 anos. Mas é possível encontrar várias escolas que fornecem programas para crianças menores de três anos de idade mesmo quando isso não é exigido por lei. Muitos desses programas recebem financiamento federal.

Embora a lei tenha tentado fornecer educação à maioria das crianças com necessidades especiais, ela não padronizou a qualidade dessa educação, o que pode variar muito de estado para estado e de uma escola para outra. E até dentro da mesma escola, certas necessidades especiais encontram um suporte maior do que outras. E mais, cortes nos orçamentos governamentais têm afetado especialmente os programas educacionais, muitos dos quais foram cortados ou simplesmente eliminados. Esteja ciente de que o melhor programa para o seu caso pode não estar disponível perto de sua casa. Muitos distritos escolares fornecem informações sobre o que está disponível, assim como orientações descrevendo os direitos educacionais das crianças. Se o seu distrito não pode fornecer informações e uma cópia das leis em vigor, entre em contato com o órgão governamental responsável pela educação.


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