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Uma série de pesquisas vem sendo realizada colaborativamente no Reino Unido com um imenso potencial futuro, não só como meio de detecção do câncer antes (ou ao invés) da mamografia, mas também como técnica que poderia ajudar a selecionar a terapia mais adequada para uma paciente.
Os estudos liderados pelos doutores Jacqui Shaw e R.C. Coombes consistem em técnicas sofisticadas para detecção de material genético que seria típico de câncer, e poderiam diferenciar se o material genético vem de células de câncer de outros órgãos. Além disso, através destas alterações genéticas (também chamadas de epigenéticas) seria possível determinar o prognóstico do câncer (chance de levar à implantação de metástase), assim como prever a resposta a determinados tratamentos.
Embora extremamente promissora, a técnica tem de ser encarada ainda como experimental. Já tivemos outros exemplos de tecnologias fantásticas que acabaram não podendo ser usadas em larga escala. Por exemplo, há mais de uma década já se conhece o fato de que há células tumorais circulando no sangue em pacientes com câncer, e a quantificação destas células mantém um paralelo com prognóstico e com resposta a tratamento. Assim, pacientes com muitas células antes de um tratamento que passam a ter um número menor após um determinado tratamento serão aqueles que se beneficiarão mais da continuidade deste tratamento em questão. Ocorre que, apesar do conhecimento sobre este fato, por se tratar de um número pequeno de células circulantes e por limitações e custo elevado da técnica para sua detecção, esta avaliação acabou tendo sua utilidade limitada.
O aspecto empolgante destes novos projetos em andamento consiste no fato de que, em face do progressivo barateamento da tecnologia necessária à realização desta pesquisa de material genético circulante, podemos antever que, em futuro não muito distante, seremos capazes de rastrear o câncer de mama através de exame de sangue, e na mesma amostra já determinar quais serão as melhores medicações para a paciente em questão.
Este avanço se junta a muitos outros, como cirurgias menores na mama, radioterapia de duração mais curta e diversas novas medicações com eficácia significativa contra o câncer de mama. Vale, no entanto, dizer que, no contexto da dificuldade de acesso a um diagnóstico e tratamento precoce e adequado em nosso país, devemos cada vez mais focar na aderência à mamografia e disponibilização imediata de tratamento adequado como os principais meios que reduzirão a mortalidade por câncer de mama.
Fonte: http://www.einstein.br/
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terça-feira, 21 de outubro de 2014
NOVIDADES SOBRE O CÂNCER DE MAMA -
Uma série de pesquisas vem sendo realizada colaborativamente no Reino Unido com um imenso potencial futuro, não só como meio de detecção do câncer antes (ou ao invés) da mamografia, mas também como técnica que poderia ajudar a selecionar a terapia mais adequada para uma paciente.
Os estudos liderados pelos doutores Jacqui Shaw e R.C. Coombes consistem em técnicas sofisticadas para detecção de material genético que seria típico de câncer, e poderiam diferenciar se o material genético vem de células de câncer de outros órgãos. Além disso, através destas alterações genéticas (também chamadas de epigenéticas) seria possível determinar o prognóstico do câncer (chance de levar à implantação de metástase), assim como prever a resposta a determinados tratamentos.
Embora extremamente promissora, a técnica tem de ser encarada ainda como experimental. Já tivemos outros exemplos de tecnologias fantásticas que acabaram não podendo ser usadas em larga escala. Por exemplo, há mais de uma década já se conhece o fato de que há células tumorais circulando no sangue em pacientes com câncer, e a quantificação destas células mantém um paralelo com prognóstico e com resposta a tratamento. Assim, pacientes com muitas células antes de um tratamento que passam a ter um número menor após um determinado tratamento serão aqueles que se beneficiarão mais da continuidade deste tratamento em questão. Ocorre que, apesar do conhecimento sobre este fato, por se tratar de um número pequeno de células circulantes e por limitações e custo elevado da técnica para sua detecção, esta avaliação acabou tendo sua utilidade limitada.
O aspecto empolgante destes novos projetos em andamento consiste no fato de que, em face do progressivo barateamento da tecnologia necessária à realização desta pesquisa de material genético circulante, podemos antever que, em futuro não muito distante, seremos capazes de rastrear o câncer de mama através de exame de sangue, e na mesma amostra já determinar quais serão as melhores medicações para a paciente em questão.
Este avanço se junta a muitos outros, como cirurgias menores na mama, radioterapia de duração mais curta e diversas novas medicações com eficácia significativa contra o câncer de mama. Vale, no entanto, dizer que, no contexto da dificuldade de acesso a um diagnóstico e tratamento precoce e adequado em nosso país, devemos cada vez mais focar na aderência à mamografia e disponibilização imediata de tratamento adequado como os principais meios que reduzirão a mortalidade por câncer de mama.
Fonte: http://www.einstein.br/
Postado por
Vânia Mara
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